A história serve como guia. Conhecer o passado é evitar cometer erros já praticados. Pesquisar o ser humano, suas atitudes, condutas, ações no espaço e tempo é o alvo desta ciência. No mundo dos negócios não é diferente. Business inteligence refere-se ao processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações que oferecem suporte a gestão de negócios. Em linguagem simples, significa investigar os acontecimentos, transformá-los e criar oportunidades.
O universo empresarial adota essa lógica. Parte da formação de todos os gestores consiste em analisar as atitudes de seus antecessores.
Atualmente ocorre uma revolução silenciosa realizada pela Microsoft que refaz um caminho já percorrido logo quando nascia: posicionar-se de forma estratégica.
Relembrando:
Havia a IBM com suas poderosas e robustas máquinas inteligentes que focou em servir outras mega corporações. Tinham acesso a esta tecnologia somente empresas de igual renome. A IBM via-se como uma ferramenta para as gigantes.
Percebendo uma lacuna, a vontade do homem médio de criar desde receitas de doces a divulgar seus estudos mais avançados, compartilhar seus desejos, a Apple criou o computador pessoal. Ela via-se como uma ferramenta democrática para todos os indivíduos. A tecnologia antes corporativa passou a ser individualmente acessível. Porém, precisava de uma plataforma que permitisse o perfeito funcionamento de sua ferramenta. Contratou a Microsoft.
Estrategicamente, Bill Gates percebeu que dominaria o mercado aquele que oferecesse a forma como fazer a ferramenta funcionar. Ou seja, o software que fosse o mais usado e que atingisse mais pessoas teria mais importância e mais valor. Simples: no final das contas a tecnologia a ser fornecida pelos fabricantes de computadores será a mesma. Daí, o diferencial será o conteúdo, ou seja, o software, posição mundialmente ocupada pelo Windows.
Com os aparelhos mobile, o fenômeno se repete, só que com o acréscimo de outros personagens. Agora, há também Google, Facebook, Samsung, Apple com os Iphones, IBM oferecendo hardwares mais potentes ainda.
Mas… E a Microsoft?
Fracassou ao tentar emplacar o Windows Phone. O Outlook perde relevância a cada dia perto da comunicação instantânea das redes sociais; já foi Hotmail, tentou embarcar com o Messenger e agora voltou a ser somente Outlook. Ademais, nos últimos anos, só se ouviu críticas a respeito daquilo que começou tudo: o Windows.
Percebendo a convergência de tecnologias e acessos independentes de localização, momento do dia, portabilidade, facilidade de locomoção, etc, a Microsoft prepara-se para finalmente voltar a ser o que era.
O que a gigante quer, atualmente, é posicionar-se como a opção em sincronização de informações. Para ela, não será relevante o aparelho que iremos utilizar desde que ela seja o caminho para acessar os dados.
Reposicionar-se adequadamente no mercado permite criar toda uma estratégia vencedora. Olhar para a história da humanidade e para a própria história é essencial para saber seu lugar dentro da cadeia produtiva. A Microsoft revisou sua posição e percebeu o que as outras não viram.
De leão adormecido, aparentemente morto na disputa pelo primeiro lugar, tida como caça pelos mais afoitos, a Microsoft tenta reposicionar-se como a caçadora.
E você? Qual é sua posição no mundo dos negócios? Quem é você dentro da cadeia produtiva em que atua? Você fornece conhecimento ou ferramentas? Em seu negócio, qual é o item que tem mais valor: a marca, a estrutura física, o estabelecimento, localização, equipe, reputação, visão estratégica, produto insubstituível?
Investigar sua história ajudará a responder boa parte destas reflexões. Negá-la pode torná-lo vulnerável e o próximo a ser engolido. Mova-se! Reposicione-se!